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Atenção concursando! Veja algumas dicas de Português para você arrebentar nos concursos.

1ª) Venda MONSTRA  ou  Venda MONSTRO?
Leitor questiona propaganda que fala em “VENDA MONSTRO”.
Nosso leitor não tem razão.
A frase não está errada. MONSTRO é um substantivo no papel de adjetivo. Quando isso acontece, a palavra torna-se invariável (=não tem feminino nem plural): “venda MONSTRO” e “engarrafamentos MONSTRO”.
O mesmo ocorre com o substantivo LARANJA (=fruta). Quando exerce a função de adjetivo (LARANJA = cor), torna-se invariável: “Casaco LARANJA”. “Camisas LARANJA”. Não devemos usar “camisas laranjas”, e ninguém diria “casaco laranjo”.
Não devemos confundir MONSTRO (=substantivo) com MONSTRUOSO (=adjetivo). Isso significa que o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere: “venda MONSTRUOSA”, “engarrafamentos MONSTRUOSOS”.
Também não devemos confundir LARANJA (substantivo exercendo a função de adjetivo = nome de fruta como cor) com AMARELO, que é cor mesmo (=adjetivo):
“Casaco LARANJA, mas casaco AMARELO”;
“Camisas LARANJA, mas camisas AMARELAS”.
Que fique bem claro:
Os adjetivos apresentam flexão de gênero e número;
Os substantivos, exercendo a função de adjetivo, ficam invariáveis.

2a) Até as 10h  ou  Até às 10h?
Para muitos autores, neste caso o uso do acento da crase é facultativo.
Em Portugal, é normal o uso do acento da crase após a preposição “até”.
Eu, porém, prefiro a forma sem o acento da crase: “Até as 10h”.
Na minha opinião, a presença da preposição “até” torna desnecessário o uso da preposição “a”. Isso significa que temos apenas o artigo definido “as”.
O mesmo ocorre com outras preposições:
“Viajou para a Itália”; “Está aqui desde as 10h”; “Chegará só após as 10h”; “Lutou contra a ditadura”.
Tome cuidado para não confundir a preposição “até” com a partícula de inclusão (até = inclusive): “Até os diretores compareceram à reunião” (=inclusive os diretores). Após a partícula de inclusão pode ocorrer a crase:
“O aluno se referia às colegas e até à amiga mais íntima”.

3a) HÁ  ou  A?
Dois leitores têm a mesma dúvida:
1o) “A empresa X mantém HÁ ou A quatro anos contrato com o cliente Z” ?
2o) “Estamos trabalhando HÁ ou A 150 dias sem acidentes com afastamento” ?
Nos dois casos, devemos usar HÁ: “…mantém HÁ quatro anos…” e “Estamos trabalhando HÁ 150 dias…”
Quando houver a ideia de tempo decorrido, usamos o verbo HAVER ou o verbo FAZER (=”…FAZ quatro anos…” e “…FAZ 150 dias…”).
Observações:
1a) Os verbos HAVER e FAZER se referem a tempo PASSADO e devem ser usados somente no SINGULAR (=não têm sujeito);
2a) Caso a ideia seja de “tempo futuro”, devemos usar a preposição “a”: “Assinaremos o contrato daqui A quatro dias”;
“Voltaremos ao trabalho daqui A 150 dias”.

4a) PORQUE ou POR QUE ou PORQUÊ ou POR QUÊ?
a)    PORQUE = conjunção causal ou explicativa:
“O advogado não compareceu à reunião PORQUE está doente.”
“Feche a porta PORQUE está ventando muito.”

b)    PORQUÊ = forma substantivada (com artigo “o” ou “um”):
“Ela quer saber o PORQUÊ da sua demissão.”
“O diretor quer um PORQUÊ para tudo isso.”

c)    POR QUÊ = no fim de frase (antes de pausa forte):
“Parou POR QUÊ?”
“Se ele mentiu, eu queria saber POR QUÊ.”
“Quero saber POR QUÊ, onde e quando.”

d)    POR QUE
  • em perguntas (diretas ou indiretas):
“POR QUE parou?”
“Gostaria de saber POR QUE você viajou.”
  • substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL…
“Só eu sei as esquinas POR QUE passei.” (=pelas quais)
“É um drama POR QUE muitos passam.” (=pelo qual)
  • com a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:
“Desconheço os motivos POR QUE a viagem foi adiada.” (=pelos quais)
“Não sei POR QUE motivo o advogado não veio.” (=por qual)
“Não sei POR QUE ele não veio.” (=por qual motivo).
Fonte: Blog do Prof. Sérgio Nogueira

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