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Dúvidas frequentes da Língua Portuguesa

POR ou PÔR?
POR (sem acento) é preposição: “Vou por este caminho”;
PÔR (com acento circunflexo) é verbo: “Vou pôr o livro na estante”.
Observação de leitor: “Penso que está errado o título dado à entrevista de deputado paulista: ‘Vou por São Paulo nos trilhos’. (…) Compare: Vamos pôr os pontos nos is. Gosto de pôr tempero na comida. Anda por todos os lados. Vou por aqui. Assim, ninguém não vai “por” São Paulo, mas vai (ou pelo menos pretende) PÔR São Paulo nos trilhos, o título reclama o acento. Certo?”
Certíssimo. O verbo PÔR (=colocar, botar) deve receber um acento circunflexo: “Vou pôr São Paulo nos trilhos”; “Pôr a vida em risco”; “É preciso pôr um acento no verbo”.
É importante lembrar que esse caso não foi alterado pelo novo acordo ortográfico. O acento circunflexo no verbo PÔR foi mantido para diferenciar da preposição POR.
Vale destacar também que os verbos derivados de PÔR não recebem acento gráfico: apor, compor, depor, dispor, impor, contrapor…

COLETA ou COLHEITA?
Vejamos o que dizem os dicionários Caldas Aulete e Michaelis:
1. COLETA: “Cota de um imposto respectivo a cada um dos indivíduos ou classes contribuintes.”
COLETAR: “Obrigar ao pagamento de coleta; tributar”.
COLHEITA: “Ato de colher, de arrecadar os produtos do solo”. (Caldas Aulete)

2.  COLETA: “Quantia que se paga de imposto”.
COLETAR: “Tributar, designar cota a, reunir ou arrecadar.”
COLHEITA: “Ato de colher os produtos agrícolas; o que se colhe, o que se junta.”
COLHER: “Tirar, separar da planta; apanhar, conseguir, obter, acolher, receber.” (Michaelis)

Na minha opinião, COLETA e COLHEITA, em alguns casos, podem ser considerados sinônimos. Entretanto há uma diferença bem clara:
COLETA é uma forma de arrecadação. Quando se fala em reunir tributos, esmolas, donativos, contribuições, temos uma coleta;
COLHEITA é o ato de colher produtos agrícolas.

Pergunta do leitor: “Quando as amostras são apreendidas pelos fiscais da vigilância, eles fazem uma coleta ou colheita de amostra?”
A resposta não é fácil. Parece que estamos diante de um caso facultativo.
Mas, se fosse preciso fazer uma distinção, eu faria a seguinte: quando a amostra está sendo “tirada”, está havendo uma colheita; quando as amostras estão sendo “reunidas”, está havendo uma coleta.
Explicando melhor:
Quando o enfermeiro “retira” o sangue para exame, ele está colhendo o sangue; e quando alguém “reúne” os frascos, temos uma coleta.
Ou seja: 1. COLHEITA = com a ideia de “tirar, retirar”;
2. COLETA = com a ideia de “reunir”.
Essa distinção não é rigorosa. É apenas muito frequente.

À toda prova OU a toda prova?
Nosso leitor está corretíssimo na sua observação. É um caso de crase impossível.
Jamais ocorre crase antes dos pronomes indefinidos por uma razão muito simples: não há artigo definido (=a) antes de pronomes indefinidos.
“Tranquilidade a toda prova.”
“A certa altura, a placa caiu.”
“Referiu-se a alguma velha história.”
“Fez alusão a qualquer coisa.”

JORNALZINHOS ou JORNAIZINHOS?
O certo é JORNAIZINHOS.
A formação do plural das palavras que fazem o diminutivo com os sufixos –ZINHO ou –ZITO segue a seguinte regra:
1o) Põe-se a palavra primitiva no plural: jornais, papéis, faróis, balões, cães…
2o) Acrescenta-se o sufixo, e a desinência do plural (= “s”) passa para o final da palavra: jornai + zinho + s = jornaizinhos; papei + zinho + s = papeizinhos; faroi + zinho + s = faroizinhos; balõe + zinho + s = balõezinhos; cãe + zito + s = cãezitos…

MITÓRIO ou MICTÓRIO?
Leitora quer saber qual é a forma correta ou se as duas grafias são aceitáveis.
Segundo nossos dicionários e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, a grafia oficial é MICTÓRIO.
Fonte: G1.com/Educação: Prof. Sérgio Nogueira

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