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Desabafo! É, Apodi, agora aguente as consequências!

          O que dizer diante de tal situação? O que fazer para tentar mudar tal quadro? Agora, nada mais poderá ser feito! Tivemos a chance e jogamos fora! Cresci ouvindo as pessoas meu redor dizendo que o Apodi não crescia por que sempre era entregue nas mãos de pessoas que na verdade só pensavam em si próprio. Pessoas que na verdade nunca estiveram nem aí para o progresso da cidade. Porém, me iludi e alimentei esperanças de que um dia isso tudo fosse mudar. Sonhei com o dia em que colocaríamos na câmara um deputado filho da gente, filho do nosso povo; que realmente fosse capaz de lutar não só por ideais próprios, mas que buscasse o desenvolvimento da nossa cidade. Me enganei. Me enganei duas vezes seguidas.
          É,Apodi, enquanto a sua população não se conscientizar de que a mudança era para "ontem", você sempre passará por situações vergonhosas (como a perca da UFERSA, por exemplo) e jamais sairá dessa categoria de cidadezinha do interior. No entanto, o que me deixa ainda mais triste é ter que aceitar que a culpa de tudo isso é da própria população apodiense. População essa que vive até hoje, escondida e encurralada através de um inverno chamado partidarismo político (para mim, pura babaquice). Isso só mostra que os seus filhos não te amam, e não buscam de fato o seu crescimento. Fica aqui a minha indignação e o meu lamento. Quem sabe um dia (queira Deus) a sociedade apodiense possa acordar desse pensamento arcáico e veja que o progresso está à nossa porta, batendo desesperadamente,porém para que ele possa entrar é necessário que a porta seja aberta, a oportunidade seja dada.
          Sou filho dessa terra, nasci e cresci nesse pedaço de chão sofrendo preconceitos e descriminações, assim como acontece com grande mairia da população; e hoje devido a alguns acontecimentos vergonhosos não tenho mais orgulho de proclamar mundo a fora que sou apodiense. Quem sabe um dia isso tudo mude e eu possa novamente sentir esse orgulho, mas por enquanto, apenas tristeza e mágoas.
Prof. L.C.Sax

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