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"Menguinho": Esse é Pé quente!


Para celebrar a vitória do Flamengo e o fato de R10, ter se tornado (temporariamente) artilheiro isolado do Brasileirão, resolvi postar uma foto do Meu mascote. Ele sempre acompanha os jogos junto comigo. Não sei se deu para perceber, mas ao lado dele está a chave da moto, ou seja, depois das vitórias "Menguinho" sempre sai para comemorar (KKK).

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Grande São Pedro de Riacho da Cruz - RN (2011)


Eu com minha esposa (Estela)
Sgt. Azevedo, Eu e Kaio 
 Eu, Jean e Carla
 Kaio, Eu, Edney e Ronaldy
 Leodécio, Eu e o Sgt. Azevedo
 Sgt. Azevedo e Eu
 Eu e minha Nega (de novo)
 Paulo Jr. e Eu
Fotos tiradas na segunda noite da grande festa de São Pedro 2011 em Riacho da Cruz - RN. Nessa noite, a animação ficou por conta das bandas: Forró do Bole, Bole (do meu amigo Adailson), Solteirões do Forró  e Pegada de Luxo ( do meu amigo Nilsinho Batera). Além de me divertir com a festa, pude encontrar alguns amigos, alunos e ex-alunos. Foi realmente sensacional!

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L.C.Sax tocando com Anízio Jr. em Tenente Ananias.



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Gabarito da III Avaliação de Língua Portuguesa do Pro IFRN /Apodi - (100%Concursos)

Gabarito:
1.B / 2.A/ 3.C/ 4.A/ 5.A/ 6.A/ 7.A/ 8.A/ 9.A/ 10. E/ 11.A/12.D/ 13.D/
14.C/
15.
A. O pessoal (coletivo) não gostou da festa.
B. A turma (= 01) gostou da aula de ontem.
C. Metade dos alunos fez ou fizeram o trabalho.
D. Um bloco de foliões animava(am) a festa.
E. Uma porção de índios surgiu(ram) do nada.
F. Um bando de pulhas saqueou(aram) as casas.
G. A maior parte dos recursos se esgotou(aram).
H. O povo (coletivo) aclamou o candidato.
I. A multidão (= 08) invadiu o campo.
J. Os Estados Unidos são um país rico.

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Buraco negro 'mata' estrela gigante e lança raios gama na Via Láctea

Explosão ocorrida há 3,8 bilhões de anos foi detectada só agora na Terra.
Estudo foi feito por astrônomos britânicos e divulgado na revista 'Science'.


Um estudo feito por astrônomos britânicos revelou como a destruição de uma estrela pode ter causado uma das maiores explosões já registradas no Universo. A descoberta é tema da edição desta semana da revista "Science" e foi divulgada nesta quinta-feira (16).

Os cientistas da Universidade de Warmick acreditam que o astro foi aniquilado ao entrar em contato com um buraco negro há 3,8 bilhões de anos. O resultado do encontro foi a emissão de dois feixes de raios gama (veja figura abaixo), um deles liberado na direção da Via Láctea.
A explosão - que recebeu o nome de Sw 1644+57 - ocorreu no centro de uma galáxia localizado na direção da constelação do Dragão, típica nos céus no hemisfério norte da Terra.
O fenômeno só pôde ser conhecido agora pois a Via Láctea estava no caminho quando o feixe de raios gama chegou até o nosso planeta, após atravessar a distância de 3,8 bilhões de anos-luz.
Para o estudo, os astrônomos usaram informações do Telescópio Espacial Hubble, do satélite Swift, da Nasa, e do Observatório Chandra, especializado em raios x. A explosão foi detectada pela primeira vez em 28 de março e foi monitorada desde então, já que a emissão dos raios gama ainda não parou de acontecer.
Estrela é 'engolida' após contato com buraco negro. (Foto: Mark A. Garlick / Universidade de Warwick)Estrela é 'engolida' após contato com buraco negro. (Foto: Mark A. Garlick / Universidade de Warwick)
Ilustração mostra como teria sido a emissão dos raios gama após a explosão da estrela. (Foto: Mark A. Garlick / Universidade de Warwick)Ilustração mostra como teria sido a emissão dos raios gama após a explosão de uma estrela gigante.
(Foto: Mark A. Garlick / Universidade de Warwick)

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Estudo explica mecanismo de cometa hiperativo


Cometa Hartley 2 espirra mais água que outros do mesmo tamanho.
Fenômeno é explicado pelo dióxido de carbono no corpo celeste.

Um artigo publicado pela revista científica “Science” mostrou que o cometa Hartley 2 é hiperativo, comparado a outros cometas. A conclusão foi feita por uma equipe de pesquisadores liderada pela Universidade de Maryland, nos EUA, com base em dados colhidos pela sonda Deep Impact, que visitou o cometa no segundo semestre do ano passado.
A análise das imagens confirma que o dióxido de carbono (CO2) é o combustível volátil responsável pelos jatos que espirram gelo. “O Hartley 2 é um cometinha hiperativo, que espirra mais água que outros cometas do seu tamanho”, disse Michael A’Hearn, principal autor do estudo.
As imagens comparam os cometas Tempel 1 (esquerda) e Hartley 2 (direita), registradas com o mesmo equipamento e exibidas com a mesma escala (Foto: Science/AAAS/Cortesia)As imagens comparam os cometas Tempel 1 (esquerda) e Hartley 2 (direita), registradas com o mesmo equipamento e exibidas com a mesma escala (Foto: Science/AAAS/Cortesia)
“Quando aquecido pelo Sol, o gelo seco [dióxido de carbono congelado] que está dentro do corpo do cometa se transforma em gás, sai do cometa como um jato e leva consigo gelo de água”, completou o astrônomo.
A missão da Deep Impact descobriu que os jatos não ocorrem da mesma maneira nas diferentes partes do cometa. O corpo do cometa tem o formato que se parece com o de um amendoim, e os jatos saíam normalmente das extremidades. Na região central, chamada de barriga, a água saía em forma de vapor, com muito pouco CO2 ou gelo.
“Pensamos que a barriga seja um depósito de material de outras partes do cometa, nossa primeira evidência de redistribuição num cometa”, disse Jessica Sunshine, uma das pesquisadoras da missão.
“O mecanismo mais provável é que algumas frações de poeira, pedaços de gelo e outros materiais, saídos das extremidades se movam devagar o suficiente para serem capturadas mesmo pela gravidade muito fraca do pequeno cometa. Então esse material cai de volta no ponto mais baixo, o meio”, aponta a cientista.

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L.C.SAX - SHOW COM ANÍZIO JR. EM BOM SUCESSO - PB


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Exercício sobre Colocação Pronominal - Com gabarito



Para as perguntas de 01 a 28 você deverá assinalar com “C “ o que estiver correto e com “I” os
incorretos:

01) ( ) O presente é a bigorna onde se forja o futuro. (próclise)
02) ( ) Nossa vocação molda-se às necessidades. (ênclise)
03) ( ) Se não fosse a chuva, acompanhar-te-ia. (mesóclise)
04) ( ) Macacos me mordam!
05) ( ) Caro amigo, muito lhe agradeço o favor...
06) ( ) Ninguém socorreu-nos naqueles momentos difíceis.
07) ( ) As informações que se obtiveram, chocavam-se entre si.
08) ( ) Quem te falou a respeito do caso?
09) ( ) Não foi trabalhar porque machucara- se na véspera.
10) ( ) Não só me trouxe o livro, mas também me deu presente.
11) ( ) Ele chegou e perguntou-me pelo filho.
12) ( ) Em se tratando de esporte, prefere futebol.
13) ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons.
14) ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo Domingo.
15) ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades.
16) ( ) Os alunos nos surpreendem com suas tiradas espirituosas.
17) ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá fora.
18) ( ) O torneio iniciará-se no próximo domingo.
19) ( ) oferecida-lhes as explicações, saíram felizes.
20) ( ) Convido-te a fazeres-lhes, essa gentileza.
21) ( ) Para não falar- lhe, resolveu sair cedo.
22) ( ) É possível que o leitor nos não creia.
23) ( ) A turma quer-lhe, fazer uma surpresa.
24) ( ) A turma havia convidado-o para sair.
25) ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela hora.
26) ( ) Algumas haviam-nos contado a verdade.
27) ( ) Todos se estão entendendo bem.
28) ( ) As meninas não tinham nos convidado para sair.

29) Assinale a frase com erro de colocação pronominal:

a) Tudo se acaba com a morte, menos a saudade.
b) Com muito prazer, se soubesse, explicaria-lhe tudo.
c) João tem-se interessado por suas novas atividades.
d) Ele estava preparando-se para o vestibular de Direito.

30) Assinale a frase com erro de colocação pronominal:
a) Tudo me era completamente indiferente.
b) Ela não me deixou concluir a frase.
c) Este casamento não deve realizar-se.
d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas.


Gabarito

01.C; 02.C; 03.C; 04.C; 05.C; 06.I; 07.C; 08.C; 09.I; 10.C;
11.C; 12.C; 13.C; 14.C; 15.I; 16.C; 17.C; 18.I; 19.I; 20.I;
21.C; 22.C; 23.C; 24.I; 25.C; 26.I; 27.I; 28.I; 29.B; 30.D



Fonte: PortuguêsConcursos

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Atenção concursando! Veja algumas dicas de Português para você arrebentar nos concursos.

1ª) Venda MONSTRA  ou  Venda MONSTRO?
Leitor questiona propaganda que fala em “VENDA MONSTRO”.
Nosso leitor não tem razão.
A frase não está errada. MONSTRO é um substantivo no papel de adjetivo. Quando isso acontece, a palavra torna-se invariável (=não tem feminino nem plural): “venda MONSTRO” e “engarrafamentos MONSTRO”.
O mesmo ocorre com o substantivo LARANJA (=fruta). Quando exerce a função de adjetivo (LARANJA = cor), torna-se invariável: “Casaco LARANJA”. “Camisas LARANJA”. Não devemos usar “camisas laranjas”, e ninguém diria “casaco laranjo”.
Não devemos confundir MONSTRO (=substantivo) com MONSTRUOSO (=adjetivo). Isso significa que o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere: “venda MONSTRUOSA”, “engarrafamentos MONSTRUOSOS”.
Também não devemos confundir LARANJA (substantivo exercendo a função de adjetivo = nome de fruta como cor) com AMARELO, que é cor mesmo (=adjetivo):
“Casaco LARANJA, mas casaco AMARELO”;
“Camisas LARANJA, mas camisas AMARELAS”.
Que fique bem claro:
Os adjetivos apresentam flexão de gênero e número;
Os substantivos, exercendo a função de adjetivo, ficam invariáveis.

2a) Até as 10h  ou  Até às 10h?
Para muitos autores, neste caso o uso do acento da crase é facultativo.
Em Portugal, é normal o uso do acento da crase após a preposição “até”.
Eu, porém, prefiro a forma sem o acento da crase: “Até as 10h”.
Na minha opinião, a presença da preposição “até” torna desnecessário o uso da preposição “a”. Isso significa que temos apenas o artigo definido “as”.
O mesmo ocorre com outras preposições:
“Viajou para a Itália”; “Está aqui desde as 10h”; “Chegará só após as 10h”; “Lutou contra a ditadura”.
Tome cuidado para não confundir a preposição “até” com a partícula de inclusão (até = inclusive): “Até os diretores compareceram à reunião” (=inclusive os diretores). Após a partícula de inclusão pode ocorrer a crase:
“O aluno se referia às colegas e até à amiga mais íntima”.

3a) HÁ  ou  A?
Dois leitores têm a mesma dúvida:
1o) “A empresa X mantém HÁ ou A quatro anos contrato com o cliente Z” ?
2o) “Estamos trabalhando HÁ ou A 150 dias sem acidentes com afastamento” ?
Nos dois casos, devemos usar HÁ: “…mantém HÁ quatro anos…” e “Estamos trabalhando HÁ 150 dias…”
Quando houver a ideia de tempo decorrido, usamos o verbo HAVER ou o verbo FAZER (=”…FAZ quatro anos…” e “…FAZ 150 dias…”).
Observações:
1a) Os verbos HAVER e FAZER se referem a tempo PASSADO e devem ser usados somente no SINGULAR (=não têm sujeito);
2a) Caso a ideia seja de “tempo futuro”, devemos usar a preposição “a”: “Assinaremos o contrato daqui A quatro dias”;
“Voltaremos ao trabalho daqui A 150 dias”.

4a) PORQUE ou POR QUE ou PORQUÊ ou POR QUÊ?
a)    PORQUE = conjunção causal ou explicativa:
“O advogado não compareceu à reunião PORQUE está doente.”
“Feche a porta PORQUE está ventando muito.”

b)    PORQUÊ = forma substantivada (com artigo “o” ou “um”):
“Ela quer saber o PORQUÊ da sua demissão.”
“O diretor quer um PORQUÊ para tudo isso.”

c)    POR QUÊ = no fim de frase (antes de pausa forte):
“Parou POR QUÊ?”
“Se ele mentiu, eu queria saber POR QUÊ.”
“Quero saber POR QUÊ, onde e quando.”

d)    POR QUE
  • em perguntas (diretas ou indiretas):
“POR QUE parou?”
“Gostaria de saber POR QUE você viajou.”
  • substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL…
“Só eu sei as esquinas POR QUE passei.” (=pelas quais)
“É um drama POR QUE muitos passam.” (=pelo qual)
  • com a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:
“Desconheço os motivos POR QUE a viagem foi adiada.” (=pelos quais)
“Não sei POR QUE motivo o advogado não veio.” (=por qual)
“Não sei POR QUE ele não veio.” (=por qual motivo).
Fonte: Blog do Prof. Sérgio Nogueira

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A Origem da Expressão OK


OK significa tudo bem (all correct em inglês).

No início do século XIX, em Boston, nos Estados Unidos, em vez de se usar as letras AC, que poderiam ser confundidas com alternating current (corrente alternada), as pessoas diziam OK, de oll korrect, gíria de mesmo significado. Durante uma campanha presidencial em 1840, a sigla foi usada como slogan e acabou conhecida no país inteiro. Outra versão é que a sigla começou a ser usada durante a Guerra da Secessão, numa disputa entre o norte e o sul dos Estados Unidos. As fachadas das casas exibiam o OK para indicar zero killed, ou seja, nenhuma baixa na guerra civil.
Fonte:http://www.ead.pt/blog/?p=538

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A árdua profissão: Professor.


Jornadas de 30, 40 e até 60 horas semanais, três empregos, pouco tempo para ver os filhos, a família. Sorteio para pagar as contas do mês. Empréstimos, bicos, jornada tripla. E salários baixos. Esta é a rotina de grande parte dos professores da rede pública de ensino no país, muitos deles pós-graduados.
A professora Maria Patrícia Almeida Santos Costa, de 38 anos, que faz sorteio todo mês para decidir que conta vai deixar em dia (Foto: Letícia Macedo/G1 )A professora Maria Patrícia Almeida Santos Costa,
de 38 anos, faz sorteio todo mês para decidir
que conta pagar (Foto: Letícia Macedo/G1)
"Não consigo dar conta de pagar minhas contas mensais", diz a professora Maria Patrícia Almeida Santos Costa, de 38 anos, que leciona no ensino fundamental da escola estadual Professor José Baptista Castellões, na Zona Sul da capital paulista. Ela faz um sorteio todo mês para decidir o que deixar em dia. “Esse mês nós vamos pagar o seguro do carro. Já sabemos que o telefone e o condomínio nós não vamos conseguir."
Tempo para o lazer não é uma possibilidade, segundo ela, com um salário de R$ 1.213. "Há muito tempo eu não viajo. No cinema eu ainda vou, porque eu e o meu filho temos desconto. Às vezes vamos a algum parque público", diz ela. “Eu já tirei uma carteira de trabalho nova e estou procurando trabalho desde abril. Sou casada com um funcionário público e nossa renda é baixa.”
Sem tempo para os filhos
No Distrito Federal, a jornada de Jucimeire Barbosa, de 45 anos, chega a 60 horas por semana. Dá aulas de artes para o ensino fundamental pela manhã, trabalha à tarde, três vezes por semana, na coordenação da escola e leciona na turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) à noite. Mal sobra tempo para os três filhos. "Muitas vezes meu filho de 6 anos espera eu chegar às 23h para ajudá-lo nos deveres", conta ela, sobre o ritmo de trabalho que mantém há 14 anos.
Jucimeire já chegou a trabalhar em três escolas de duas regiões diferentes – e fazia todo o percurso de ônibus. Mas a renda líquida média não passa de R$ 3,9 mil por mês, o que a impede de investir na carreira. "A gente se forma, trabalha e quer chegar a um ambiente organizado, com tranquilidade. Aí passa por dificuldades, sobra pouco tempo de cuidar de si mesmo, de seu espaço. É bem difícil mesmo."
Não tem como sobreviver dando aula em apenas uma escola, o salário é muito pouco"
Leossandro Adamiski, professor
Professor faz jornada tripla para ser advogado
Em Mato Grosso do Sul, o professor Leossandro Carlos Adamiski, de 28 anos, já fez jornada tripla para trabalhar e agora faz para estudar. Ele trabalha 36 horas por semana em duas escolas dando aulas de filosofia. À noite, cursa Direito.
"Dou aula de manhã e a tarde. No período da noite estou fazendo outra faculdade. Temos que estar preparados para o mercado. Afinal a profissão de professor não está tão fácil", conta o professor.
Ele afirma que é impossível pagar as contas dando aulas em apenas uma escola. “Já cheguei a dar aulas nos três turnos para complementar a renda. Não tem como sobreviver dando aula em apenas uma escola, o salário é muito pouco. Juntei dinheiro para comprar meu carro porque eu tinha que ficar indo de uma escola para outra e gastava quase uma hora no ônibus".
Adamiski diz que o trabalho acaba preenchendo parte dos dias de folga. "Além das aulas, temos que levar para a casa as provas e trabalhos para corrigir. Temos que fazer diários, relatórios e planejamentos de aulas", afirma.
Em Videira (SC), o professor Ravel Ribeiro, de 27 anos, se divide entre quatro escolas, de manhã, à tarde e à noite. No total, são 50 horas/aula, que rendem um salário líquido de R$ 1.980. A mulher está grávida, e o casal tem outro filho de dois anos, com quem Ravel só tem as noites de segunda e terça.
Ele faz parte da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Estadual de Ensino do estado, onde os professores estão em greve desde o dia 18 de maio.
Pós-graduado e estudante de mestrado, ele dá aulas de matemática e química para cerca de 450 alunos. “Meu objetivo com o mestrado é dar aula numa escola particular ou numa universidade”, diz.
Marcelo Santana enfrenta uma tripla jornada nas redes municipal, estadual e ainda dá aulas em um colégio particular na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. (Foto: Patrícia Kappen/G1 )Marcelo Santana enfrenta uma tripla jornada nas
redes municipal, estadual e ainda dá aulas em um
colégio particular na Ilha do Governador, subúrbio
do Rio (Foto: Patrícia Kappen/G1
)
'Correr de lá para cá'
Marcelo Santana enfrenta uma tripla jornada nas redes municipal, estadual e ainda dá aulas num colégio particular na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. Mora com a filha de 19 anos e os pais, de quem precisa de ajuda financeira. Pela rede estadual, recebe cerca de R$ 940 e, pela municipal, R$ 1.337. Na particular, são R$ 350.
“A minha filha faz pré-vestibular comunitário porque não dá para eu pagar um pré-vestibular top de linha”, reclama. “Houve um tempo em que eu dava 60 aulas por semana, mas estou cansado. Diminuí para 40 aulas.” Hoje, são 32 horas semanais no município, mais 16 horas no estado e outras quatro horas semanais na rede particular.
“A gente trabalha com uma realidade complicada, de vários tipos de alunos. Você não pode fazer um trabalho com mais afinco porque você tem que correr de lá para cá”, diz.
'É pura vocação', diz professor pós-graduado
O casal de professores Luiz Henrique Rodrigues, de 50 anos, e Clécia Lúcia de Lacerda, de 37 anos, que trabalha na escola estadual Martins Pena, na Zona Sul de São Paulo, faz jornada dupla para conseguir manter o orçamento doméstico. Com descontos e abonos, o professor, que é pós-graduado em história e tem ainda dois cursos de especialização, recebeu, em abril, R$ 1.617, por 40 horas semanais. "É pura vocação", afirma ele sobre a profissão.
Clécia, professora de português, cumpre 30 horas de trabalho na rede pública estadual e mais uma jornada de 40 horas na rede municipal. "Não pode pensar no salário na hora que vai para a sala de aula", diz ela, que ganha um salário de R$ 1.552, fruto de um aumento recente pelo bom desempenho na avaliação de mérito. "Acho que meus alunos precisam de mim. Eu faço a diferença na sala de aula. Eu tenho esse retorno deles.”
O casal de professores Luiz Henrique Rodrigues, 50, e Clécia Lúcia de Lacerda, 37, que trabalha na escola estadual Martins Pena, na Zona Sul de São Paulo. "É pura vocação", diz ele. (Foto: Letícia Macedo/G1 )O casal de professores Luiz Henrique Rodrigues
e Clécia Lúcia de Lacerda, que trabalha na escola
estadual Martins Pena, na Zona Sul de SP.
"É pura vocação", diz ele (Foto: Letícia Macedo/G1)
A pedagoga Karina Sousa, com duas pós-graduações no currículo e cursando a segunda graduação, recebe um salário bruto de R$ 1.700 para trabalhar 40 horas por semana, também em Videira (SC). Casada e com um filho, ela tenta economizar indo a pé para uma das escolas em que trabalha. Na volta, conta com a carona dos colegas.
Para dar conta dos cursos de qualificação, Karina chegou a vender roupas informalmente, a fazer empréstimos e a dar aulas de reforço em casa. “Nos primeiros anos, eu não tinha acesso à internet e computador em casa. Para a última pós-graduação, tive que negociar as parcelas em atraso para passar pela banca de conclusão de curso. Para pagar a outra, fiz um empréstimo de R$ 2,4 mil”, conta.
Ela trabalha há cinco anos na rede estadual como professora ACT, que tem contrato por ano letivo. Em janeiro e fevereiro, quando as escolas estão em férias, Karina fica sem trabalho e sem renda. Ela diz pensar em se mudar de estado e ir para o Distrito Federal, onde o salário é melhor, ou até em mudar de país.
Quase metade do salário com combustível
Em Mato Grosso, a professora Letícia Aquino da Silva, de 27 anos, chega a gastar quase metade do salário em combustível para se deslocar a uma cidade onde dá aulas. Ela é professora de educação física em duas escolas das redes estadual e municipal.
Como funcionária do estado ela trabalha em um colégio que fica em outro município, no período noturno. Todos os dias ela se desloca de Cuiabá para a cidade de Rosário Oeste, a 133 quilômetros da capital. A professora usa o próprio carro para viajar até o serviço. “Vou com o meu carro porque de ônibus o horário não daria certo. Talvez fosse até mais barato ir de ônibus, mas não dá”, explica Letícia.
Para percorrer a distância entre a casa e o trabalho, Letícia afirma que gasta quase a metade dos R$ 1.873,02 que recebe como professora com combustível. Ela sai de casa às 17h e chega ao município às 19h. A aula termina às 22h. O retorno é feito no mesmo dia, e só por volta da meia-noite é que ela consegue chegar em casa. E a partir das 7h do dia seguinte, tem que estar dentro da sala de aula na escola em que também trabalha, em Cuiabá, na rede municipal.
“Esse mês eu gastei R$ 700 com combustível porque o preço diminuiu. Mas no mês passado eu cheguei a gastar mil reais”, conta.
A professora Alessandra Andrade de Souza Said, de 37 anos, trabalha 12 horas diárias para manter as contas em dia em Minas Gerais (Foto: Alex Araújo/G1)A professora Alessandra Andrade de Souza Said,
37 anos, trabalha 12 horas diárias para manter as
contas em dia em MG (Foto: Alex Araújo/G1)
Rotina de bicos
A rotina não é diferente em Minas Gerais. A professora Alessandra Andrade de Souza Said, de 37 anos, que dá aulas há 11 na rede estadual de educação, em Belo Horizonte, diz que há colegas que vendem roupas, bijuterias e cosméticos para completar a renda. Ela trabalha uma média de 12 horas diárias para conseguir manter as contas em dia.
Pela maratona profissional de três turnos, a educadora ganha R$ 2.652. No contracheque dela, o valor pago pelas 21 aulas no estado é de R$ 567,04. Com as gratificações, o salário vai para R$ 1.252,54.
Casada e mãe de uma menina de 12 anos, a professora diz que ajuda o marido nas despesas de casa e que não tem nada extra.
“Acho que, se fosse o caso, eu poderia cortar a TV a cabo porque a internet eu preciso para trabalhar e a minha filha para estudar, pesquisar. Ainda bem que eu não pago aluguel. Já pensou se pagasse?”, questiona.
Na escola Martins Pena, a professora de física e matemática Luciany Shirley Lúcia da Silva, de 45 anos, dá aulas há 19 anos, mas não é efetiva. A jornada de 40 horas semanais rende um salário líquido de R$ 1.600, porém, o desconto de um empréstimo consignado faz com que a remuneração não seja suficiente para arcar com as despesas.
"Pago R$ 500 de aluguel e R$ 150 de transporte. Se precisar ir ao dentista ou comprar medicamentos, preciso contar com os meus trabalhos extras. Se não, jogo no cartão para pagar no mês seguinte", conta.
Para a professora Alessandra Said, além da desvalorização salarial, há a desvalorização humana. “Professor e nada é a mesma coisa.”
*com textos de Alex Araújo (MG), Kelly Martins (MT), Letícia Macedo (SP), Marcelo Parreira 9DF), Maria Angélica Oliveira (SP), Patrícia Kappen (RJ) e Tatiane Queiroz(MS)

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