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PARA QUÊ OS PROFESSORES DA P.M.A PAGAM INSS?



10% do PIB PARA A EDUCAÇÃO JÁ!



Olha só o absurdo: Professora especialista recebeu um magnífico aumento da Prefeitura Municipal de Apodi de 5% (cinco por cento)  para alfabetizar 30 alunos, com diferentes personalidades e níveis de aprendizado, e pagava 9% e AGORA 11% (onze por cento) só de INSS.  Em números: de R$ 68,00 de aumento, o INSS ficou com R$ 45,00 e a professora R$ 23,00, que sociedade! Agora veja só a tragédia: Professor da rede pública municipal NÃO PODE SE APOSENTAR, é isso mesmo, quando chegar a idade para tal fato, caso o professor resolva se aposentar seu salário reduz-se a pouco mais de um salário mínimo.  RESULTADO, sabe quando ela vai se aposentar? NUNCA!  Vai ficar em sala de aula até MORRER!  Isso tudo devido a um tal FATOR PREVIDENCIÁRIO, que só beneficia quem não contribui para o Instituto Nacional do Seguro Social.  Então pagar PARA QUÊ?  O ideal é que o funcionário pudesse pagar um plano privado, porque o público está na PRIVADA, falta só dar a descarga.  É por essa e outras que a Previdência Social está na BANCARROTA (QUEBRANDO ou QUEBRADA)!

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Português par concursos: Exercitando a Concordância Verbal

COLÉGIO EFETIVO
LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESOR L.C.SAX

EXERCÍCIO SOBRE CONCORDÂNCIA VERBAL


Faça a Concordância Correta rasurando o verbo incorreto.
01. O pessoal não [gostaram / gostou] da festa.
02. A turma [gostou / gostaram] da aula de ontem.
03. Metade dos alunos [fez / fizeram] o trabalho.
04. Um bloco de foliões [animavam / animava] a festa.
05. Uma porção de índios [surgiram / surgiu] do nada.

06. Um bando de pulhas [saqueou / saquearam] as casas.
07. A maior parte dos recursos se [esgotou / esgotaram].
08. O povo [aclamou / aclamaram] o candidato.
09. A multidão [invadiu / invadiram] o campo.

10. Os Estados Unidos [é / são] um país rico.
11. Minas Gerais [são / é] um belo estado.
12. Os Andes [fica / ficam] na América do Sul.
13. A maior parte dos carros [tinham / tinha] defeitos.

14. O bando [fuçava / fuçavam] a casa deserta.
15. A maioria [está / estão] contra o aumento do pão.
16. O Amazonas [correm / corre] para o mar.
17. Os Lusíadas [tornaram / tornou] Camões imortal.
18. Os Imigrantes [agradou / agradaram] os telespectadores.
19. Os Três Mosqueteiros [são / é] de Alexandre Dumas.

20. Vossa Excelência [agiu / agistes] com moderação.
21. Vossa Senhoria [está / estais] melhor agora?
22. Vossa Senhoria me [entendeu / entendestes] mal.
23. Vossa Excelência se [enganaste / enganou].
24. Vossa Senhoria [continuais / continua] zangado comigo?
25. Os cardumes [subiam / subia] o rio.
26. Metade das laranjas [estava / estavam] podre(s).
27. A multidão [vociferava / vociferavam] ameaças.
28. Uma equipe de policiais [prendeu / prenderam] os ladrões.
29. [Chegava / Chegavam] à multidão de passageiros.
30. Mais de mil pessoas [acertaram / acertou] na loteria.
31. Mais de um avião [caíram / caiu] este mês.
32. Mais de um jogador se [xingava / xingavam].
33. Mais de um funcionário [foram / foi] exonerado(s).

34. Mais de um político se [desacatou / desacataram].
35. Minhas férias [é / são] um período de descanso.
36. Frases [é / são] o sujeito da oração.
37. Lágrimas [é /são] coisa que ele não tem
38. Itens nuca [teve / tiveram] acento gráfico.
39. Nenhum de nós [sabíamos / sabia] disso.
40. Alguns de nós [viveremos / viverá] até lá.
41. Quais de vocês me [faria / fariam] esse favor.
42. Nenhuma de nós a [viu / vimos].
43. Somos nós quem [levamos / leva] o prejuízo.
44. Foram eles quem [escreveu / escreveram].
45 Fomos nós que [pichou / pichamos] o muro.
46. Fui eu que [espalhei / espalhou] os boatos.
47. Fui eu quem [enviei / enviou].
48. Montes Carlos [ficam / fica] em Minas Gerais.
49. Minas Gerais [possuem / possui] grandes jazidas.
50. Vassouras [são / é] uma cidade fluminense.
51. Cravinhos [é / são] uma cidade limpa.
52. Quantos de nós [sabemos / sabe] a verdade?
53. Alguém dentre vós [sois / é] culpado(s).
54. Quais de nós [viajará / viajaremos] contigo?
55. Qual de vocês me [faria / fariam] esse favor.
56. Algum deles [viverão / viverá] até lá.
57. Qual de nós [agimos / agiu] com justiça?
58. Perto de mil crianças [está / estão] desaparecida(s).
59. [Devem / Deve] ter fugido mais de vinte presos.
60. Sou eu que [duvido / duvida].
61. Fui eu que [preparou / preparei] o almoço.
62. Fomos nós que [pichamos / pichou] o muro.
63. Sou eu quem [paga / pago].
64. Foste tu que [saíste / saiu].
65. Foste vós quem [falou / falastes].
66. Eram elas quem [fazia / faziam] a limpeza.
67. Paulo é um dos que mais [estuda / estudam].
68. Ele foi um dos que mais [falaram / falou].
69. Mais de um aceno [avisou-me / avisaram-me] do perigo.
70. [Haja / Hajam] vista as últimas composições do autor.
71. [Haja / Hajam] vista os últimos acontecimentos.
72. [Haja / Hajam] vista aos últimos acontecimentos.
73. Vossa Alteza não [tendes / tem] vergonha?
74. Uma quadrilha [assaltaram / assaltou] o banco.
75. Férias [faz / fazem] bem.
76. Mais de dois atletas [ganharam / ganhou] medalhas.
77. Mais de um aluno [agrediu-se / agrediram-se].

78. Mais de um aluno, mais de um professor [faltou / faltaram].




P.S.: Na sequência estarei postando o gabarito referente e a este exercício.

Prof. L.C.Sax



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Exercício sobre o emprego da Crase - Com gabarito

aula anterior, falamos sobre crase - assunto bastante cobrado em concurso público. O momento agora é de treino, eis 19 exercícios com gabarito sobre este tema. Bons estudos!

1.Agradeço ( _ ) Vossa Senhoria ( _ ) oportunidade para manifestar minha opinião ( _ ) respeito.

a) a – a – a;
b) à – à – a;
c) à – a – a;
d) a – à – a;
e) à – a – à.

2. Assinale a frase com erro de regência:

a) o deputado presidiu a reunião até o fim;
b) proibimos os alunos de usar os cadernos para fazer a prova;
c) certificamos nossa família de vossa decisão;
d) paguei os operários no sábado;
e) atendemos ao seu desejo.

3.“Peço __ senhora que estude, uma __ uma, as questões submetidas __ aprovação”:

a) à - a - à;
b) a - a - à;
c) a - à - à;
d) à - à - à;
e) à - à - a

4. Há uma opção em que não se atendeu ao emprego da crase. Indique-a:

a) a cem milhas horárias você encontrará um posto à direita, a meia hora daqui;
b) às brutas entrou porta a dentro;
c) responda à sua senhoria com a consideração a que está acostumado;
d) saiu-se à mãe, esta se parece à avó;
e) dispostas a ouvi-la, postaram-se à porta de sua casa.

5. “Dê ciência ___ todos de que não mais se atenderá___ pedidos que não forem dirigidos ___ diretoria”:

a) a - a - a;
b) a - à - a;
c) a - a - à;
d) à - à - a;
e) à - a - a.

6. Marque a frase em que o “a” deva ser craseado:

a) ele atacou o adversário a tiro;
b) Maria não foi a aula hoje;
c) João fez uma viagem a Mato Grosso;
d) Conversei com a diretoria do colégio sobre esse assunto;
e) o adversário atacou a cacetadas.

7. “ ___ hora prevista, todos se dirigiram ___ sala principal para assistir ___ cerimônia”.

a) a - a - a;
b) a - à - a;
c) à - à - à;
d) há - à - à;
e) há – a – a .

8. Assinale a frase em que o “a” sublinhado deve receber o acento de crase:

a) obedeça as regras de trânsito;
b) encontraram-se face a face;
c) dirijo-me agora a vossa excelência;
d) é uma campanha digna, a cuja disposição me ponho;
e) peço a você que não deponha o candidato.

9.“Para ganhar mais dinheiro, Manoel passou ___entregar compras ___ domicilio ___ segundasfeiras”.

a) a - a - as;
b) a - a - às;
c) a - à - às;
d) à - a - as;
e) à - à - às.

10.Que expressões completariam as lacunas?

“Não me refiro _____ estava sentada, mas sim______ pessoa ______ tu também te referias”.

a) a que - à - que;
b) aquela que - à - que;
c) àquela que - à - à que;
d) à que - a - à que;
e) à que - à - a que.

11. “Foi obrigado ____ embarcar no trem que saia ____onze horas, mas mostrou ____ todos seu descontentamento”.

a) a - as - à;
b) às - as - a;
c) a - às - a;
d) à - às - a;
e) a - às - à.

12. “A disciplina naquela escola podia ser comparada___ dos militares, mas nem por isso permitia tranqüilidade____ professoras”.

a) a - a;
b) à - às;
c) a - as;
d) a - às;
e) a - as.

13. Aponte a frase em que o “a” ou “as” não deve levar sinal indicativo de crase:

a) dirijo-me apressado àquela farmácia;
b) refiro-me àquele rapaz que foi teu colega;
c) àquela hora todos já se tinham recolhido;
d) quero agradecer àquele rapaz as atenções que me dispensou;
e) fui para aquela praça, mas não à encontrei !

14. Na frase: “Tende a satisfazer as exigências do mercado”, substituindo-se “satisfazer” por “satisfação”, tem-se a forma correta:

a) tende à satisfação as exigências do mercado;
b) tende a satisfação as exigências do mercado;
c) tende a satisfação das exigências do mercado;
d) tende a satisfação às exigências do mercado;
e) tende à satisfação das exigências do mercado.

15. “ ______ tarde, diriji-me ______ casa, embora______ hora todos já estivessem ____ dormir”:

a) À - à - àquela - a;
b) A - a - aquela - à;
c) À - a - àquela - a;
d) À - a - aquela - à;
e) À - a - àquela - a.

16. Marque o caso em que não houve erro, quanto a omissão ou presença de crase:

a) veio à toda, quando se pôs a frear, já era tarde;
b) a proposta, à cuja aceitação estamos presos, nem foi estudada;
c) uma à uma, gota à gota, ingeriu todo o conteúdo;
d) perspicácia a toda prova, resposta às pressas, era exigido;
e) a assistência às aulas é de lei.

17. “ainda ____ pouco, eu ____ vi atravessando aquela rua, ali ___ direita”:

a) há – a – à;
b) há – a – a;
c) a – a – a;
d) a – à – à;
e) à – a – a .

18. Assinale a frase em que há o uso errado da crase:

a) quando o navio chegou, ele desceu logo à terra;
b) vou à cidade hoje;
c) vou à reunião contigo;
d) pagou tudo à vendedora;
e) chegou tarde à missa.

19. “Descendo ___ rua ___ noite, o marinheiro viu um homem que vinha ___ pé.

a) à – à – à;
b) a – à – à;
c) a - à - a;
d) à – a – a;
e) a – a – a.


GABARITO


1. A 2. D 3. A 4. C 5. C 6. B 7. C 8. A 9. B 10. E
11. C 12. B 13. E 14. E 15. E 16. D 17. A 18. A 19. C

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Aprendendo a usa a CRASE

Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.


Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:



• Aonde (preposição a + advérbio onde) 
• Ao (preposição a + artigo o)



Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja:



• da ( preposição de + artigo a) 
• na (preposição em + artigo a)



Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.



Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.



Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.



Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.



Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.



É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.Veja:



Exemplos: Sairei às duas horas da tarde. 
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil. 
Quero uma pizza à moda italiana.



Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).


Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Fonte: BrasilEscola

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Site do MEC explica como fazer inscrição do Enem em oito passos

Inscrições começam nesta segunda, às 10h, apenas pela internet.
Provas estão marcadas para os dias 22 e 23 de outubro.



Enquanto inscrições não são liberadas, site dá instruções (Foto: Inep/ Reprodução da internet)Antes mesmo do início das inscrições, previsto para esta segunda (23), às 10h, osite dedicado ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) traz instruções, passo a passo, de como se inscrever para a prova.
A aplicação do exame será nos dias 22 e 23 de outubro. O resultado poderá ser usado pelos candidatos para tentar vagas em instituições de ensino superior públicas e particulares.
Os candidatos devem se inscrever por meio da página do Enem na internet até as 23h59 do dia 10 de junho. A taxa de inscrição é de R$ 35.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação responsável pela organização do Enem, espera um total de 6 milhões de participantes nesta edição do exame. 
processo de inscrição foi dividido pelo instituto em oito passos, começando por identificação e terminando com o acompanhamento do processo. Confira os oito passos:
1. Identificação: CPF e nome do candidato
2. Dados pessoais: número de identidade, endereço e informações sobre atendimento especial;
3. Local: escolha do idioma para prova de língua estrangeira, e local de prova;
4. Situação escolar: se terminou ou não o ensino médio;
5. Escola: se estiver cursando o ensino médio, informações sobre a escola;
6. Questionário socioeconômico: pesquisa sobre o perfil dos participantes;
7. Confirmação: o número de inscrição é gerado e as informações podem ser conferidas;
8. Acompanhamento: com o número de inscrição, o candidato imprime o boleto e confere o andamento.

Fonte: g1.com

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A Magia está voltando aos poucos! O Re10 retornará ao trono

E riram quando o Flamengo contratou R10, alegando os invejosos - que não puderam te-lo no elenco - que o gaúcho estaria velho, cansado e nunca seria o mesmo nem apresentaria o futebol que por duas temporadas o consagrara o melhor do mundo. Bastaram algumas atuações apagadas do camisa 10 rubro-negro, para as torcidas adversárias caírem em cima. Até nossa própria torcida passou a questionar a magnífica contratação do craque do mengão. Riram de mim, quando em alguns momentos falei que o R10 está em fase de readaptação ao nosso futebol e que certamente mostrará muito do seu futebol-arte. Pode ser que ele não consiga ser tão brilhante o quanto foi nos tempos de Barcelona (sua idade já não permite dar aquelas arrancadas, não sempre...), Mas fica uma certeza: Ele dará muita alegria à torcida do Flamengo, e dará muito trabalho aos volantes e zagueiros adversários; sem falar dos goleiros que além de se preocuparem com a bola em movimento, tremerão nas cobranças de falta.
É isso aí, o R10 vai acontecer, vai voltar a brilhar e com certeza retornará à seleção brasileira. Alguém duvida? Acho que os passos para esse caminho começaram a ser dados no jogo de ontem (21/05/2011) contra o Avaí.
A magia está de volta e o rei retornará ao trono. Aguarde e verá!

Prof. L.C.

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Resumo do Livro O Guarani

Na primeira metade do século XVII, Portugal ainda dependia politicamente da Espanha, fato que, se por um lado exasperava os sentimentos patrióticos de um frei Antão, como mostrou Gonçalves Dias, por outro lado a ele se acomodavam os conservadoristas e os portugueses de pouco brio. D. Antônio de Mariz, fidalgo dos mais insignes da nobreza de Portugal, leva adiante no Brasil uma colonização dentro mais rigoroso espírito de obediência à sua pátria. Representa, com sua casa-forte, elevada na Serra dos Órgãos, um baluarte na Colônia, a desafiar o poderio espanhol. Sua casa-forte, às margens do Pequequer, afluente do Paraíba, é abrigo de ilustres portugueses, afinados no mesmo espírito patriótico e colonizador, mas acolhe inicialmente, com ingênua cordialidade, bandos de mercenários, homens sedentos de ouro e prata, como o aventureiro Loredano, ex-padre que assassinara um homem desarmado, a troco do mapa das famosas minas de prata. Dentro da respeitável casa de D. Antônio de Mariz, Loredano vai pacientemente urdindo seu plano de destruição de toda a família e dos agregados.
Em seus planos, contudo, está o rapto da bela Cecília, filha de D. Antônio, mas que é constantemente vigiada por um índio forte e corajoso, Peri, que em recompensa por tê-la salvo certa vez de uma avalancha de pedras, recebeu a mais alta gratidão de D. Antônio e mesmo o afeto espontâneo da moça, que o trata como a um irmão. A narrativa inicia seus momentos épicos logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o fato é relatado à tribo aimoré por uma índia que conseguira ver o ocorrido.
A luta que se irá travar não diminui a ambição de Loredano, que continua a tramar a destruição de todos os que não o acompanhem. Pela bravura demonstrada do homem português, têm importância ainda dois personagens: Álvaro, jovem enamorado de Ceci e não retribuído nesse amor, senão numa fraterna simpatia; Aires Gomes, espécie de comandante de armas, leal defensor da casa de D. Antônio. Durante todos os momentos da luta, Peri, vigilante, não descura dos passos de Loredano, frustrando todas suas tentativas de traição ou de rapto de Ceci. Muito mais numerosos, os aimorés vão ganhando a luta passo a passo.
Num momento, dos mais heróicos por sinal, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta uma solução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés são antropófagos, desce a montanha e vai lutar "in loco" contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carne devorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: eles morreriam, pois seu organismo já estaria de todo envenenado. Depois de encarniçada luta, onde morreram muitos inimigos, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado, o sacrifício que lhe irão impingir. Álvaro (a esta altura enamorado de Isabel, irmã adotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Peri volta e diz a Ceci que havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Peri volta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza o poder letal do veneno. De volta, traz o cadáver de Álvaro morto em combate com os aimorés.
Dá-se então o momento trágico da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado, suicida-se sobre seu corpo. Loredano continua agindo. Crendo-se completamente seguro, trama agora a morte de D. Antônio e parte para a ação. Quando menos supõe, é preso e condenado a morrer na fogueira, como traidor. O cerco dos selvagens é cada vez maior. Peri, a pedido do pai de Cecília, se faz cristão, única maneira possível para que D. Antônio concordasse, na fuga dos dois, os únicos que se poderiam salvar. Descendo por uma corda através do abismo, carregando Cecília entorpecida pelo vinho que o pai lhe dera para que dormisse, Peri, consegue afinal chegar ao rio Paquequer. Numa frágil canoa, vai descendo rio abaixo, até que ouve o grande estampido provocado por D. Antônio, que, vendo entrarem os aimorés em sua fortaleza, ateia fogo aos barris de pólvora, destruindo índios e portugueses.
Testemunhas únicas do ocorrido, Peri e Ceci caminham agora por uma natureza revolta em águas, enfrentando a fúria dos elementos da tempestade. Cecília acorda e Peri lhe relata o sucedido. Transtornada, a moça se vê sozinha no mundo. Prefere não mais voltar ao Rio de Janeiro, para onde iria. Prefere ficar com Peri, morando nas selvas. A tempestade faz as águas subirem ainda mais. Por segurança, Peri sobe ao alto de uma palmeira, protegendo fielmente a moça. Como as águas fossem subindo perigosamente, Peri, com força descomunal, arranca a palmeira do solo, improvisando uma canoa. O romance termina com a palmeira perdendo-se no horizonte, não sem antes Alencar ter sugerido, nas últimas linhas do romance, uma bela união amorosa, semente de onde brotaria mais tarde a raça brasileira.

(José de Alencar)

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Participando do Prêmio Top Blog 2011

Caros amigos visitantes e seguidores do blog do L.C.Sax. Gostaria de comunicá-los que a partir de hoje (22/05/2011),  estamos concorrendo ao Prêmio Top Blog 2011. Um prêmio de reconhecimento aos melhores blogs do país. Então, conto com  o apoio de cada um de vocês nessa votação. Para votar é só clicar no selo ao lado e seguir os procedimentos. Desde já, agradeço a colaboração de cada um. Obrigado.
Prof. L.C.Sax

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Polêmica: Enquanto escrita exige rigor, linguagem oral é mais solta.


Algumas situações na vida da gente ficam marcadas. Recordo-me de uma professora de português da quinta série que pregava uma coisa muito importante que jamais foi esquecida. Ensinando a língua para seus alunos, cobrava deles que falassem correto, até porque eram muito jovens e estavam lá para aprender algo além do que já sabiam.
Nunca, porém, esquecia de fazer a ressalva de que jamais deveríamos fazer chacota daqueles que falavam errado, principalmente os mais velhos – muitos deles não tinham tido a oportunidade de frequentar a escola e aprender a falar da maneira como é ensinado lá.
Essa lição nunca foi esquecida. Ela foi mais lembrada por esses dias quando surgiu a polêmica em torno do livro didático “Por uma Vida Melhor”, da ONG Ação Educativa. Esse livro é voltado para jovens e adultos e foi distribuído pelo MEC. Em um de seus capítulos, defende a ideia de que todas as formas de falar são válidas, como por exemplo “Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado.”
Não ficou bem claro o porquê desse capítulo. Isso permite refletir sobre a questão de como se fala e de como se escreve. Falar e escrever são duas formas de expressar aquilo que se pensa. A escrita não é a transcrição da fala, mas elas têm muitas coisas em comum. Por vezes, são idênticas.
Porém, a linguagem oral é mais solta – a espontaneidade e o regionalismo têm mais espaço. Na escrita as coisas são diferentes. É necessário um rigor maior com a norma culta.
Na comunicação pela fala, tem-se toda uma possibilidade de se fazer entender através de gestos e expressões. Ela é direta. Com a escrita não. Temos que usar uma maneira única para que a comunicação realmente aconteça. Se cada um for escrever de um jeito diferente, dificilmente algo será comunicado. Assim, faz-se necessário ter uma forma oficial. Ela vale para a fala e a escrita, mas é mais rígida com a segunda.
Talvez seja essa a ideia que o livro quisesse passar. Ora, dirão muitos, o importante é se expressar. Não importa como. Sem dúvida. Expressar-se e se fazer entender, para que não fique um diálogo de surdos. Então precisa haver uma proximidade do discurso entre aquele que fala/escreve com o que ouve/lê.
Mas não devemos nos esquecer que apesar das diferentes possibilidades, a escola deve sempre ensinar a norma culta. Essa é sua obrigação. Acredito que ninguém vai para a escola para aprender aquilo que já sabe ou continuar falando errado. Uma coisa é aceitar o modo próprio de um aluno se expressar, outra é permitir-lhe o acesso aquilo que é comum para os mais estudados: falar e se expressar corretamente.
Até porque as pessoas vão para a escola para progredirem profissionalmente, socialmente, pessoalmente. Se não, iam procurar outra coisa para fazer. Determinadas coisas não precisam ser ensinadas em livros. Como, por exemplo, que o modo de uma pessoa falar, bem distante da norma culta, é correta, mas que pode haver um preconceito de outros por causa disso.
Isso tem que ser experienciado pelo professor no seu dia a dia, para que seu aluno, seja criança ou adulto, se sinta bem e tranquilo para se expressar. Acolher seu aluno como ele se apresenta para então lhe mostrar como é a regra da fala e escrita.
Não dá para defender o falar errado e nem ensinar isso. O que apenas mostraria a falta de educação de um povo. Um dos aspectos de sua identidade e ponto de união é sua língua.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

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