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Português para concursos: Exercícios sobre interpretação textual - Com Gabarito

A ERA DO AUTOMÓVEL

(João do Rio, Vida vertiginosa)

E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo de esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém adivinhava essa era. Quem poderia pensar na influência futura do automóvel diante da máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na carriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos balanços e aos pôneis mansos? Ninguém! absolutamente ninguém.
- Ah! Um automóvel, aquela máquina que cheira mal?
- Pois viajei nele.
- Infeliz.
Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade. E a transfiguração se fez:ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.

1. “Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade”; a forma INADEQUADA da reescritura desse segmento do texto é:
A. Foi necessária a transfiguração da cidade para que ele se firmasse;
B. Para que ele se firmasse a transfiguração da cidade foi necessária;
C. A transfiguração da cidade foi necessária para que ele se firmasse;
D. Necessitou-se da transfiguração da cidade para que ele se firmasse;
E. Foi necessário, para que ele se firmasse, a transfiguração da cidade.

2. A frase que NÃO demonstra uma visão negativa do automóvel é:
A. “O monstro transformador irrompeu, bufando...”;
B. “...eriçava o pedregulho contra o animal de lenda”;
C. “parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte”;
D. “rebentavam a máquina de encontro às árvores da Rua da Passagem”;
E. “aquela máquina que cheira mal?”.

3. “aspérrima educadora”; aqui temos uma forma erudita de superlativo do adjetivo “áspero”. O item abaixo queNÃO mostra uma forma superlativa é:
A. O automóvel é novo, novo, novo.
B. O automóvel é novo pra burro.
C. O automóvel foi bem rápido.
D. O automóvel é rapidão!
E. O automóvel teve novidades bastantes.

4. “O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha”; “Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora”. Os gerúndios sublinhados transmitem, respectivamente, idéias de:
A. modo e tempo;
B. tempo e causa;
C. causa e condição;
D. condição e meio;
E. meio e modo.

5. “aparências novas e novas aspirações”; a posição do adjetivo nesse segmento altera o seu significado. O mesmo pode ocorrer em:
A. cidade velha e velha cidade;
B. ruas esguias e esguias ruas;
C. lamentáveis corredores e corredores lamentáveis;
D. escandalosa atenção e atenção escandalosa;
E. morte imediata e imediata morte.

6. “Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida” apresenta uma antítese, ou seja, a presença de palavras de sentido oposto. O mesmo ocorre em:
A. “O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga”;
B. “e triunfal e desabrido o automóvel entrou”;
C. “o chofer é rei, é soberano, é tirano”;
D. “Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram”;
E. “A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo do esnobismo”.

7. “guarda-chuva” faz o plural da mesma forma que:
A. guarda-pó;
B. guarda-civil;
C. guarda-noturno;
D. guarda-costas;
E. guarda-livros.
8. “rebentavam a máquina de encontro às árvores”; a forma dessa mesma frase que ALTERA o seu sentido original é:
A. de encontro às arvores rebentavam a máquina;
B. rebentavam a máquina ao encontro das árvores;
C. a máquina era rebentada de encontro às árvores;
D. de encontro às árvores a máquina era rebentada;
E. rebentavam, de encontro às árvores, a máquina.

9. Os dois automóveis são citados no primeiro parágrafo do texto para:
A. mostrar a diferença entre os automóveis antigos e os modernos;
B. indicar a presença marcante do automóvel desde seu aparecimento;
C. demonstrar que o automóvel triunfou graças à imprensa;
D. revelar a pouca expectativa de futuro para o automóvel;
E. destacar as mudanças provocadas por eles no cenário urbano.

10. O autor do texto cita que “os impostos aduaneiros caíram” para indicar que:
A. os automóveis passaram a custar mais barato;
B. as pessoas deixaram de viajar de navio;
C. muitos automóveis chegavam aos portos;
D. não se cobravam impostos sobre automóveis;
E. o Brasil aboliu os impostos alfandegários

GABARITO. 1: E. 2: D. 3: E. 4: A. 5: A. 6: D. 7: A. 8: B. 9: D. 10: A.

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Quadro clínico do técnico Ricardo Gomes permanece estável na UTI


Pouco mais de oito horas após o término da cirurgia emergencial à qual foi submetido, o quadro de Ricardo Gomes permanece o mesmo. O estado do técnico do Vasco é grave, mas estável. Ele segue internado em coma induzido na UTI do Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e respira com auxílio de aparelhos. Por volta de 10h (de Brasília), Ricardo será reavaliado pela equipe de médicos para ter uma posição mais concreta e definir os próximos passos.
Alguns exames deverão ser refeitos com o objetivo de avaliar a evolução da cirurgia emergencial, realizada pelo médico José Antônio Guasti. O procedimento teve como meta principal estancar a hemorragia e reestabelecer a circulação do sangue no cérebro de Ricardo Gomes, que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). As possibilidades são muitas e até mesmo uma nova intervenção cirúrgica não foi descartada. Um novo boletim oficial deve ser divulgado no fim da manhã desta segunda-feira.
Felipe chega ao Hospital Pasteur para visitar Ricardo Gomes (Foto: Rafael Cavalieri/GLOBOESPORTE.COM)
)
O meia Felipe, que esteve no hospital na noite de domingo, voltou ao local por volta das 7h desta segunda.  Ele não revelou maiores detalhes do quadro. Disse apenas que outros jogadores devem ir ao hospital depois do treino, marcado para 10h em São Januário.
- O Ricardo é uma pessoa muito querida, um amigo que fiz, e o momento é de oração e torcida. Vim prestar meu apoio novamente e seguimos na torcida para que ele volte o mais rapidamente possível - comentou.
O treinador, de 46 anos, vai permanecer no hospital, no mínimo, entre oito e dez dias. De acordo com Clóvis Munhoz, chefe do departamento médico do Vasco, o lado do cérebro afetado pela hemorragia foi o direito, com um edema maior do que dois centímetros (considerado importante) e está relacionado aos movimentos de braço e perna e também à fala.
info AVC / AVE Ricardo Gomes - 5 (Foto: ArteEsporte)
Entenda o caso
O comandante vascaíno se sentiu mal por volta dos 20 minutos do segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, neste domingo, no Engenhão. Ele foi levado, inicialmente, para o centro médico do estádio, e, em seguida, encaminhado para o hospital.
Clóvis Munhoz explicou que a hemorragia provocou um grande coágulo na região temporal do cérebro. A cirurgia foi feita para retirada deste sangue coagulado, reduzindo a pressão cerebral. No momento em que aconteceu a hemorragia, a pressão arterial do treinador era de 19 por 12. O normal é 12 por 8.
Para Clóvis, o que aconteceu com Gomes neste domingo não é uma consequência do primeiro AVC sofrido pelo técnico em fevereiro de 2010, quando treinava o São Paulo.
- Ele estava confuso, agitado. Achou que poderia ser igual ao que houve no ano passado. Mas não tem nada a ver - garantiu.
Já o vereador Marco Aurélio Cunha, médico e dirigente do São Paulo na época do primeiro AVC de Ricardo Gomes, diz que os casos podem ter relação.
- Naquele primeiro episódio, é como dizer que ele teve um pequeno vazamento e agora um rompimento. Aqui no São Paulo foi uma coisa bem mais simples. Saímos do jogo, existia o sintoma e fomos para o hospital. Fez os exames, passou a noite internado, fiquei com ele o tempo inteiro na companhia do Sanchez (José Sanchez, médico do São Paulo). O Ricardo não chegou a perder a consciência. Um caso pode não ser decorrência do outro, são episódios diferentes, mas não podemos deixar de juntar um ao outro. Ele ficou bem daquele primeiro, mas sempre fica uma marquinha e passa a ter um risco maior do que tinha antes. Aquele foi simples, esse é grave. Estou bastante chateado pois ele é um cara fantástico, um cara único.
Marco Aurélio Cunha ainda destacou que o treinador cruzmaltino lhe contara que seu pai faleceu em decorrência do mesmo problema.
Fonte: Globoesporte.com

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Ricardo Gomes faz cirurgia de três horas para reduzir hematoma cerebral



O técnico Ricardo Gomes, de 46 anos, está sendo submetido a uma cirurgia para drenagem de um coágulo formado no lado direito do cerébro após um acidente vascular cerebral (AVC) com hemorragia na noite deste domingo, durante a partida entre Vasco e Flamengo. A operação, que é realizada pelo médico José Antônio Guasti, deve durar cerca de três horas e tem o objetivo de controlar a hipertensão craniana para não danificar o tecido cerebral, o que poderia causar sequelas motoras.
Segundo a assessoria do hospital em que o treinador é operado, o caso é gravíssmo. Clóvis Munhoz, médico do Vasco, admite que há risco de morte. Ele aposta na recuperação de Ricardo, mas frisa que só terá um panorama completo sobre o caso aproximadamente 72 horas depois da cirurgia.
- Creio que ele vai suportar bem. É uma pessoa forte. Só o fato de ter me reconhecido enquanto pôde e ter tido condições de falar sobre o que estava sentido é muito positivo - afirmou o médico.
Clóvis explicou que a hemorragia provocou um grande coágulo na região temporal do cérebro. A cirurgia está sendo feita para retirada deste sangue coagulado, reduzindo a pressão cerebral. No momento em que aconteceu a hemorragia, a pressão arterial do treinador era de 19 por 12. O normal é 12 por 8.
Clóvis Munhoz afirmou que o que aconteceu com Gomes neste domingo não é uma consequência do primeiro AVC sofrido pelo técnico em fevereiro de 2010, quando treinava o São Paulo.
- Ele estava confuso, nervoso, agitado. Achou que poderia ser igual ao que houve no ano passado. Mas não tem nada a ver – garantiu.
Já o vereador Marco Aurélio Cunha, médico e dirigente do São Paulo na época do primeiro AVC de Ricardo Gomes, diz que os casos podem ter relação.
- Naquele primeiro episódio, é como dizer que ele teve um pequeno vazamento e agora um rompimento. Aqui no São Paulo foi uma coisa bem mais simples. Saímos do jogo, existia o sintoma e fomos para o hospital. Fez os exames, passou a noite internado, fiquei com ele o tempo inteiro na companhia do Sanchez (José Sanchez, médico do São Paulo). O Ricardo não chegou a perder a consciência. Um caso pode não ser decorrência do outro, são episódios diferentes, mas não podemos deixar de juntar um ao outro. Ele ficou bem daquele primeiro, mas sempre fica uma marquinha e passa a ter um risco maior do que tinha antes. Aquele foi simples, esse é grave. Estou bastante chateado pois ele é um cara fantástico, um cara único.
Depois de um atendimento preliminar no centro médico do Engenhão, Ricardo Gomes foi para um hospital na zona norte do Rio de Janeiro. Ficou sedado na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos.
O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, está no hospital acompanhado dos filhos, assim como Felipe, o diretor executivo Rodrigo Caetano e familiares e amigos do treinador.
- A gente espera que ele se recupere e volte logo - disse Felipe na saída do hospital.
FRAME SPORTV Ricardo Gomes vasco chegada hospital (Foto: SporTV)











































Fonte: André Casado/globoesporte.com
Rio de Janeiro

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Aprendendo Português: SINTAXE DE REGÊNCIA



Regência Verbal
Definição:
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
REGÊNCIA VERBAL
Termo Regente:  VERBO
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e ostermos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) oucaracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição.Observe:
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".
Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.

No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
a) Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para.
Exemplos:
Fui ao teatro.      Adjunto Adverbial de Lugar

Ricardo foi para a Espanha.                  Adjunto Adverbial de Lugar
Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida.Ir a algum lugar"sugere também o retorno.
Importante:  reserva-se  o uso de "em" para indicação de tempo ou meioVeja:
Cheguei Roma em outubro.                        Adjunto Adverbial de Tempo

Chegamos no trem das dez.                     Adjunto Adverbial de Meio
b) Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.
Por Exemplo:
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com suatransitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.


Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquantolhe lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
São verbos transitivos diretos, dentre outros:
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar:
Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Amo aquela moça. / Amo-a.
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.

Obs.: os pronomes lhelhes só acompanham esses verbos para indicar posse(caso em que atuam como adjuntos adnominais).
Exemplos:
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
Verbos Transitivos Indiretos
   Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
a) Consistir
Tem complemento introduzido pela preposição "em".
Por Exemplo:
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.
b) Obedecer e Desobedecer:
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a".
Por Exemplo:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.Eles desobedeceram às leis do trânsito.
c) Responder
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde.
Por Exemplo:
Respondi ao meu patrão.Respondemos às perguntas.Respondeu-lhe à altura.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja:
O questionário foi respondido corretamente.Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
d) Simpatizar e Antipatizar
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".
Por Exemplo:
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.Fonte: Só Português.com.br

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Dúvidas e dicas de Português: Curiosidades etimológicas


Curiosidades etimológicas
Etimologia é o estudo da origem das palavras. É um assunto sempre interessante e ao mesmo tempo polêmico. É frequente a versão sobre a origem de uma palavra ou de uma expressão ser desmentida ou contestada.
O caso mais famoso é o da palavra FORRÓ. Para alguns, é corruptela da expressão inglesa for all (= para todos); para a maioria, entretanto, é uma redução de FORROBODÓ (= festança). Embora a primeira versão faça mais sucesso em sala de aula, a verdadeira é a segunda. Além de ser a tese que encontramos no conceituado “Dicionário do folclore brasileiro” de Câmara Cascudo, é o que está registrado nos dicionários Aurélio, Michaelis, Caldas Aulete…
Apesar das discussões, adoro o assunto. Vamos, então, a alguns casos curiosos.
Você sabia que alguns substantivos comuns vêm de antropônimos (=nomes de pessoa):
ABREUGRAFIA = método inventado pelo cientista brasileiro Manuel de Abreu, para registrar fotograficamente a imagem obtida na radioscopia. É usado no diagnóstico da tuberculose e de outras doenças pulmonares. A palavra ABREUGRAFIA, portanto, é formada por ABREU (=sobrenome do médico) e GRAFIA (=raiz de origem grega que significa “escrita, descrição”).
DALTONISMO = vem do sobrenome de John Dalton, químico e físico inglês, que descobriu o problema visual: a incapacidade de distinguir cores,  principalmente o verde e o vermelho. O curioso é que o próprio cientista era daltônico. Sua descoberta é fruto da observação de si mesmo.
SANDUÍCHE = vem do inglês Sandwich, mais precisamente do conde de Sandwich, nobre inglês que amava jogar e comer. Para não abandonar a mesa de jogo, o conde levava seus “lanchinhos”, provavelmente fatias de pão intercaladas com presunto, queijo, carne…
PINEL = vem do sobrenome do médico Philippe Pinel. PINEL se tornou o nome de um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro e, hoje, é sinônimo de “louco, maluco, adoidado, desequilibrado mental”.
LARÁPIO = vem da assinatura de um corrupto pretor romano L.A.R. Appius (Lucius Antonius Rufus Appius), que vendia sentenças favoráveis a quem pagava mais. LARÁPIO, portanto, vem de larapius e hoje é sinônimo de “ladrão”.
JULHO = vem do latim Julius. É uma homenagem ao imperador romano Caius Julius Caesar.
O assunto é muito vasto e merece mais linhas. Em breve, voltarei  com outras curiosidades.

DÚVIDAS DOS LEITORES
1a) Qual é o plural de AR-CONDICIONADO?
Se a palavra composta, com hífen, é constituída de um substantivo e um adjetivo (ou adjetivo + substantivo), os dois elementos vão para o plural:            altas-rodas, altos-fornos, batatas-doces, boias-frias, cabeças-chatas, guardas-noturnos, matérias-primas, ovelhas-negras, puros-sangues…
Assim sendo, o plural de AR-CONDICIONADO é ARES-CONDICIONADOS.
Se você não gostou, tenho duas sugestões:
1a) Compre dois APARELHOS de ar-condicionado;
ou 2a) Compre dois CONDICIONADORES DE AR.

2a)  A cerveja desce REDONDO ou REDONDA?
O assunto já foi abordado, mas diante das numerosas cartas, vamos voltar ao caso.
Muitos leitores querem saber se a tal propaganda não está errada. Segundo eles, se CERVEJA é uma palavra feminina, deveria ser REDONDA.
O problema é que REDONDA não é a CERVEJA, e sim o modo como a cerveja desce. Trata-se, portanto, de uma forma adverbial.
É importante lembrar que os advérbios são formas invariáveis, ou seja, não precisam concordar. Permanecem numa forma neutra, geralmente correspondente à do masculino singular.
Assim sendo, sinto decepcionar os meus leitores, mas a propaganda está correta: a cerveja desce REDONDO.
É o mesmo caso de “A bola rola MACIO nos gramados franceses”. Não é a bola que é macia, e sim o modo como a bola rola. É advérbio, por isso não concorda com a bola. Em “Ela fala ALTO”, ninguém erraria. Duvido que alguém falasse “Ela fala alta“. ALTO é advérbio, porque é o modo como ela fala.

3a) VAI FAZER ou VÃO FAZER?
A frase errada era: “Vão fazer dez anos que não lhe vejo”.
Eram dois erros:
1o) O verbo FAZER, quando se refere a tempo decorrido, deve ser usado sempre no singular. É verbo impessoal (=sujeito inexistente). Devemos dizer “FAZ dez anos” e “VAI FAZER dez anos”;
2o) O verbo VER é transitivo direto. Pede objeto direto. O pronome LHE substitui objetos indiretos. Para os objetos diretos devemos usar os pronomes: o, a, os, as.
A frase certa é: “VAI FAZER dez anos que não O vejo (ou que não A vejo)”.
 Fonte: Prof. Sérgio Nogueira/G1.com

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Gabarito da prova de Língua Portuguesa do pró IFRN – Apodi


1- D;  2-C;  3- B;  4- E ; 5- D  6 – C; 7 – D; 8 – E; 9 – D

10 – D; 11-A
12 - B

13-
SUJEITO: Os manifestantes
NÚCLEO DO SUJEITO: Manifestantes
TIPO DO SUJEITO: Simples
PREDICATIVO DO SUJEITO:  Furiosos


PREDICADO: Invadiram furiosos os escritórios da empresa

NÚCLEO (OS) DO PREDICADO: Invadiram / Furiosos

TIPO DO PREDICADO: Verbo-nominal
VERBO: Invadiram

TIPO DO VERBO: V.T.D.


OBJETO DIRETO:  Os escritórios da empresa
OBJETO INDIRETO:   - - - -

Prof. L.C.SAX

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