1ª) Eu voltei A SI ou A MIM?
Leitor quer saber: “Pode-se dizer EU VOLTEI A SI? Para mim soa bastante errado (…) Evitei consultar gramáticas em Portugal, porque eles têm uma maneira muito diferente de lidar com este pronome”.
Nosso leitor está certo. No Brasil, o pronome SI é usado como reflexivo (=a si mesmo). Outro aspecto importante é o fato de ser um pronome de 3ª pessoa. Aqui no Brasil: “Eu voltei a mim” (=1ª pessoa) e “Ele voltou a si” (=3ª pessoa).
Vou repetir uma historinha que eu já contei aqui. Um aluno estava de cabeça baixa durante uma aula. Ao me aproximar, ele levantou a cabeça e desculpou-se: “Eu estou um pouco fora de si”. Prontamente, eu lhe respondi: “Graças a Deus, continue assim”.
Nosso leitor está certo. No Brasil, o pronome SI é usado como reflexivo (=a si mesmo). Outro aspecto importante é o fato de ser um pronome de 3ª pessoa. Aqui no Brasil: “Eu voltei a mim” (=1ª pessoa) e “Ele voltou a si” (=3ª pessoa).
Vou repetir uma historinha que eu já contei aqui. Um aluno estava de cabeça baixa durante uma aula. Ao me aproximar, ele levantou a cabeça e desculpou-se: “Eu estou um pouco fora de si”. Prontamente, eu lhe respondi: “Graças a Deus, continue assim”.
2ª) Qual é a forma correta?
a) Despedimo-nos ou Despedimos-nos?
b) Elocubrações ou Elucubrações?
c) Encapuzado ou Encapuçado?
b) Elocubrações ou Elucubrações?
c) Encapuzado ou Encapuçado?
As formas corretas são:
a) Despedimo-nos;
b) Elucubrações;
c) Encapuzado.
a) Despedimo-nos;
b) Elucubrações;
c) Encapuzado.
3ª) MAU x MAL?
a) MAU é o contrário de BOM:
“Ele é um MAU profissional” (x BOM profissional)
“O seu MAU humor é insuportável” (x BOM humor)
“Este é o seu lado MAU” (x lado BOM)
“Ele é um MAU profissional” (x BOM profissional)
“O seu MAU humor é insuportável” (x BOM humor)
“Este é o seu lado MAU” (x lado BOM)
b) MAL é o contrário de BEM:
“Ele fala muito MAL” (x fala muito BEM)
“O texto foi MAL analisado” (x BEM analisado)
“Ele está MAL-humorado” (x BEM-humorado)
Pode ser também:
• conjunção temporal (= logo que, assim que, quando):
“MAL saiu de casa, foi assaltado” (= ASSIM QUE saiu de casa)
• substantivo (= doença, defeito, problema):
“Possui um MAL incurável”
“O seu MAL é falar demais”
“Ele fala muito MAL” (x fala muito BEM)
“O texto foi MAL analisado” (x BEM analisado)
“Ele está MAL-humorado” (x BEM-humorado)
Pode ser também:
• conjunção temporal (= logo que, assim que, quando):
“MAL saiu de casa, foi assaltado” (= ASSIM QUE saiu de casa)
• substantivo (= doença, defeito, problema):
“Possui um MAL incurável”
“O seu MAL é falar demais”
4ª) ANEXO ou EM ANEXO?
Tanto faz. As duas formas são possíveis:
“O documento segue ANEXO” ou
“EM ANEXO, segue o documento”.
Devemos tomar cuidado com a concordância:
a) A forma EM ANEXO é invariável:
“EM ANEXO, segue a nota fiscal”
b) ANEXO deve concordar com o substantivo ao qual se refere:
“A nota fiscal segue ANEXA”
“Os formulários estão ANEXOS”.
“O documento segue ANEXO” ou
“EM ANEXO, segue o documento”.
Devemos tomar cuidado com a concordância:
a) A forma EM ANEXO é invariável:
“EM ANEXO, segue a nota fiscal”
b) ANEXO deve concordar com o substantivo ao qual se refere:
“A nota fiscal segue ANEXA”
“Os formulários estão ANEXOS”.
5ª) VAI-SE RECUPERAR ou VAI SE RECUPERAR?
A dúvida é se devemos ou não usar o hífen.
Com hífen (=vai-se recuperar), temos a ênclise do verbo auxiliar; sem hifen (=vai se recuperar), temos uma próclise do verbo principal.
Isso significa que há uma diferença quanto à pronúncia:
a) Com hífen, o pronome “se” deve ser pronunciado “junto” com o primeiro
verbo (=vai-se), como se fosse uma única palavra. É uma pronúncia tipicamente lusitana. Em Portugal, os pronomes átonos têm verdadeiramente uma pronúncia fraca, por isso a preferência pela ênclise.
b) Sem hífen, o pronome “se” é pronunciado separadamente e com maior
força, como se fosse “tônico” (= vai si recuperar). É uma pronúncia tipicamente brasileira. No Brasil, os pronomes átonos têm uma pronúncia mais “forte”, daí a nossa preferência pela próclise.
Estamos, portanto, mais uma vez, diante de uma situação que não deve ser reduzida a um simples caso de certo ou errado.
Se você deseja respeitar a sintaxe clássica, lusitana, use o hífen: “VAI-SE recuperar”; se você prefere uma sintaxe mais brasileira, com o abono de muitos autores e gramáticos, use a próclise: “Vai SE recuperar”.
A dúvida é se devemos ou não usar o hífen.
Com hífen (=vai-se recuperar), temos a ênclise do verbo auxiliar; sem hifen (=vai se recuperar), temos uma próclise do verbo principal.
Isso significa que há uma diferença quanto à pronúncia:
a) Com hífen, o pronome “se” deve ser pronunciado “junto” com o primeiro
verbo (=vai-se), como se fosse uma única palavra. É uma pronúncia tipicamente lusitana. Em Portugal, os pronomes átonos têm verdadeiramente uma pronúncia fraca, por isso a preferência pela ênclise.
b) Sem hífen, o pronome “se” é pronunciado separadamente e com maior
força, como se fosse “tônico” (= vai si recuperar). É uma pronúncia tipicamente brasileira. No Brasil, os pronomes átonos têm uma pronúncia mais “forte”, daí a nossa preferência pela próclise.
Estamos, portanto, mais uma vez, diante de uma situação que não deve ser reduzida a um simples caso de certo ou errado.
Se você deseja respeitar a sintaxe clássica, lusitana, use o hífen: “VAI-SE recuperar”; se você prefere uma sintaxe mais brasileira, com o abono de muitos autores e gramáticos, use a próclise: “Vai SE recuperar”.
6ª) Qual é o feminino de O MÚSICO?
O MÚSICO é um substantivo sobrecomum, isto é, pertence ao gênero masculino, mas pode designar tanto um homem quanto uma mulher.
Sobrecomum é um substantivo uniforme, pertencente a um único gênero (masculino ou feminino), podendo designar os dois sexos: a criança, a pessoa, a testemunha, o apóstolo, o carrasco, o indivíduo…
Sobrecomum é um substantivo uniforme, pertencente a um único gênero (masculino ou feminino), podendo designar os dois sexos: a criança, a pessoa, a testemunha, o apóstolo, o carrasco, o indivíduo…
Fonte: G1.com/Prof. Sérgio Nogueira
0 comentários:
Postar um comentário