O Corinthians, ao que tudo indica, está prestes a ter seu primeiro “reforço de peso” para 2011. Até o Flamengo parece disposto a brigar por ele.
Notaram as aspas em “reforço de peso”?
São obviamente necessárias.
Primeiro, porque o peso mais lembrado sobre Adriano atualmente é o de seus caprichos. Segundo, porque a palavra reforço pode não sobreviver a um simples teste:
Quando se fala no Imperador, qual a primeira imagem que vem à cabeça?
De solução ou problema?
Aposto que a maioria marcou letra B.
Adriano já foi grande jogador, e nem faz muito tempo. Há apenas um ano, mesmo aprontando muito fora de campo, foi protagonista de um título que o Flamengo não via há 17 temporadas.
Quando digo que “foi” grande jogador, não significa que não possa mais ser. Quando quer, o ex-menino pobre da Vila Cruzeiro joga muito.
Mas precisa provar que os verbos “ser” e “jogar” ainda podem ser conjugados no presente. E que seu custo-benefício, que se tornou pra lá de duvidoso, não está condenado para sempre.
Quem adquirir o kit-Adriano vai levar noitadas, confusões, namoros mal resolvidos, atrasos, faltas aos treinos e até belos gols, eventualmente. De brinde, vai conviver com as recaídas existenciais do artilheiro.
Ultimamente, mais que atleta, Adriano tem traços de adolescente mimado.
Quando está na Europa, tem saudade do Rio.
Quando volta ao Brasil, sente falta da Itália.
Se retorna à Europa, quer conhecer Sâo Paulo…
Não tem pediatra nem terapeuta que dê jeito.
Desta vez, se voltar mesmo, vai trazer nas bolsas Louis Vuitton o tricampeonato do “troféu” Lixeira de Ouro (“Bidone D’Oro”). O “prêmio”, tradicionalmente promovido por uma rádio local, contempla o pior jogador da temporada na Itália. E Adriano já havia papado a “honraria” em 2006 e 2007.
Com todo respeito, não fica bem.
Cabe a ele, só a ele, e mais uma vez a ele, mudar essa imagem.
Aos 28 anos, Adriano já não é mais criança.
Mas às vezes, ou quase sempre, parece.
Fonte: Blog do Ilan
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