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Imagens de satélite mostram Nova Friburgo antes e depois das chuvas

Tempestade mudou leito de rios e desfigurou os morros da Região Serrana.
O número de mortos na tragédia chega a 817, de acordo com as prefeituras.

Uma empresa de geotecnologia realizou um mapeamento via satélite das áreas atingidas pelas chuvas na Região Serrana do Rio. As imagens foram comparadas com outras feitas antes da tragédia. O temporal mudou o leito de rios e desfigurou os morros de Nova Friburgo. Onúmero de mortos chega a 820, de acordo com as prefeituras.

"Com uma imagem dessa, muito facilmente você pode fazer uma contagem das edificações que foram destruídas e consequentemente da população que foi atingida", explicou o engenheiro cartógrafo Lúcio Maratori Graça.

A primeira observação do geólogo Nelson Fernandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é sobre os morros que em outubro estavam cobertos por vegetação. Agora, as imagens mostram que nem as áreas onde não houve desmatamento ficaram livres da quedas de barreiras.
Num outro ponto, a imagem de satélite mostra o córrego Dantas. Muitas pessoas morreram na região. O problema foi a enxurrada. O nível da água do rio subiu e arrastou tudo que encontrava pela frente.
"Alguns vales, pelas suas características, eles são capazes de formar grandes enxurradas nessas tempestades maiores que ocorrem a cada dez, 20 ou 30 anos. E aí, as pessoas não percebem, mas elas estão morando no eixo do rio", explicou Nelson Fernandes.
Estudos precisam ser ampliados, diz geólogo
A destruição também pôde ser vista na região central da cidade. O geólogo Nelson Fernandes diz que a comparação da geografia nos dois momentos mostra que os estudos do solo da região precisam ser ampliados para que a população ocupe algumas áreas com segurança.
"Muitas áreas, embora tenham deslizado, o risco ainda persiste no local. Essas áreas devem ser evacuadas, muitas já foram, outras ainda vão ser evacuadas, ou seja, esse tipo de estudo, de detalhe, tem que avançar muito", completou Nelson Fernandes.
A Secretaria estadual do Ambiente afirmou que em todos os rios das áreas afetadas serão feitos parques fluviais, com o reflorestamento das margens, e com a implantação de áreas de lazer e cultura.
Fonte: G1.com

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