A Polícia Civil de Pernambuco divulgou nesta quinta-feira (3) a prisão de três suspeitos de torturar e assassinar a professora Maria Iracy Tavares de Moraes, de 51 anos, em uma sessão de magia negra no Recife, no último dia 4 de fevereiro.
Segundo o delegado Felipe Regueira, da divisão de investigação de homicídios de Pernambuco, Maria e o marido moravam em um terreno onde se praticavam sessões de tortura de uma suposta seita. “O marido contou que ela não aguentou as torturas a que foi seguidamente submetida e morreu, e que depois queimaram e cortaram o corpo para esconder", diz o delegado.
"Ela era queimada todos os dias com isqueiros, charutos e fósforos. Eram espécies de marcas que simbolizavam a purificação naquela religião”, disse o delegado ao G1. Segundo Regueira, o marido da vítima também foi torturado, mas está preso porque teria participação no crime.
No dia em que morreu, Maria havia sido queimada mais uma vez e “acordou com a boca espumando”, contou o delegado. “Aplicaram nela uma injeção com alguma substância, acreditamos que era cloreto de sódio, para que a morte fosse mais rápida”, afirma.
Após a morte, o marido de Maria e os dois chefes da suposta seita teriam levado o corpo para um sítio no município de Surubim , onde “queimaram três vezes o corpo e o esquartejaram”, diz o delegado.
“O próprio marido relatou em depoimento que buscaram um lugar para esconder ela e foram para este sítio, que é de propriedade de um parente dos principais chefes da seita. Depois de queimarem a professora, o próprio marido cortou o corpo e jogou no açude”, afirmou o delegado.
Os restos de um suposto corpo queimado foram encontrados no açude de Surubim na terça-feira (1º), diz Regueira. O material passará por perícia técnica para comprovar que se trata de Maria.
O marido e os supostos chefes da seita estão presos e foram indiciados por homicídio doloso (com intenção de matar) e tortura. Segundo o delegado, os três confessaram o crime.
Fonte: G1
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