Mau hálito é um tema delicado, tanto de falar quanto de sentir. As pessoas ficam constrangidas quando alguém próximo apresenta o problema e, quando são elas mesmas que têm, geralmente não sabem. Alguns terminam logo a conversa, outros oferecem uma bala ou chiclete para disfarçar, e há os que perguntam discretamente se o colega já foi ao dentista ou faz limpeza bucal diariamente.
Para falar sobre a halitose, que pela manhã – ao acordar – chega a atingir quase toda a população, o Bem Estar desta quinta-feira (24) contou com a presença da dentista Luciana Marocchio, especialista no assunto. Ela deu dicas de higienização e também falou sobre os alimentos que podem ajudar a amenizar o hálito.
Segundo Luciana, o cheiro ruim vem das bactérias que trabalham demais e exalam gases de enxofre. O problema não é decorrente do estômago (em 90% dos casos, tem origem na própria boca) nem contagioso, mesmo com beijo. Há, ainda, o chamado “odor de fome”, quando o corpo está em jejum prolongado e sem energia. Outras vezes, o mau hálito é causado por alimentos (como cebola, alho, comidas gordurosas, frituras e queijos fortes) ou pelo consumo excessivo de bebida alcoólica.
Entre as causas relacionadas à boca estão: má escovação, falta de saliva, crosta branca na língua (saburra, que acumula restos de comida e células que fermentam), inflamações na gengiva (gengivite) e resíduos de alimentos e saliva nas amídalas.
Além disso, não se deve fazer enxágue com produtos à base de álcool, que podem favorecer o aparecimento de saburra na língua. Feito tudo isso, deve-se ir ao dentista uma vez por ano. Se houver mau hálito, o profissional vai identificar a causa.A escovação ideal, de acordo com Luciana, deve durar de 15 a 20 minutos. Pela manhã e à noite, é preciso fio dental e limpador de língua (não servem os que ficam na parte de trás das escovas). A melhor escova tem cabeça pequena e cerdas macias. Quem usa aparelho ortodôntico deve comprar uma escova especial, e a elétrica só é indicada para quem apresenta deficiência motora.
O halímetro é o aparelho que mede o hálito pela quantidade de enxofre na boca. De 0 a 100, é um nível normal. Entre 100 e 2.000, a pessoa deve procurar tratamento. Em 2 ou 3 semanas de acompanhamento no consultório, o paciente já começa a apresentar resultados.
Mas, para evitar o problema, alguns cuidados básicos são recomendados, como tomar bastante água (2 litros por dia) e não ficar muito tempo sem comer (fazer cerca de 6 refeições ao longo do dia, a cada 3 horas), para que o metabolismo e o corpo funcionem da maneira correta. Além dessas dicas, barrinhas de cereal, que contêm fibras; frutas como maçã e laranja; e balas de menta podem ajudar.
Fonte: http://g1.globo.com
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