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Dicas de boas gramáticas da Língua Portuguesa.

Muitos estudantes de português guiam seus estudos com cursinhos,aulas particulares e, mais recentemente, a internet. Dificilmente algum deles aventura-se a folhear aquele livro grosso e temido chamadogramática  — o livro da língua por essência.
Os mais aplicados até tentam alguma coisa na biblioteca da cidade, dão uma olhada como quem estivesse folheando o jornal, mas acabam por desistir. Por que será?
Uma das respostas possíveis talvez seja o fato dele ter escolhido a gramática errada. Isso mesmo, existem tipos diferentes de gramática, e um deles é particularmente perigoso: as gramáticas normativas.
Como o nome já diz, as gramáticas normativas prescrevem normas, regras, dogmas, leis que não podem ser infringidas de nenhuma forma. É isso que assusta o estudante, que como sabemos, odeia decorar regras muitas vezes sem sentido.
O oposto das gramáticas normativas é chamado de gramática descritiva. Elas descrevem a língua e dão um certo espaço para possíveis variações baseadas no uso que é feito do português (ou de qualquer outra língua). Ao contrário das anteriores, elas não mordem, e um bom estudante terá grandes benefícios se puder consultar uma gramática quando surgirem dúvidas quanto à língua.
Como saber quando uma gramática é normativa e quando é descritiva? Bem, essa não é uma tarefa muito fácil para um leigo. Para facilitar, separei três gramáticas descritivas que são altamente indicadas para quem desejar se aprofundar nos estudos do português.

Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra


Nova Gramática do Português Contemporâneo
É essa a gramática que tenho em casa. Junto com a próxima, do prof. Bechara, provavelmente formam o que há de melhor publicado na área hoje em dia. A descrição da editora:
Ao incorporar ao estudo da gramática o relato do processo de formação e difusão do nosso idioma, espera-se propiciar, além da compreensão da estrutura, da funcionalidade e do uso, a percepção de seu papel no contexto linguístico universal e de como o processo histórico influenciou seus aspectos internos.
Num mundo cada vez mais partilhado e em interação, a visão histórica da Língua Portuguesa – hoje a língua oficial de cerca de 200 milhões de pessoas em oito países – é fundamental para compreender sua atual importância geopolítica, social e cultural.

Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara


Moderna Gramática Portuguesa


Essa gramática é praticamente complementar à de Cunha e Cintra. Evanildo Bechara é um dos maiores especialistas da língua portuguesa na atualidade.

Com a evolução dos estudos linguísticos e das pesquisas em língua portuguesa, há muito não saía uma gramática completa que pudesse dar conta deste progresso. Esta lacuna é agora preenchida pela edição atualizada e revista da Moderna Gramática Portuguesa do Prof. Evanildo Bechara, eminente estudioso e pesquisador de nosso idioma. Mais que um livro de referência para especialistas, esta obra, revista e ampliada, oferece ao leitor o extraordinário universo que é a língua portuguesa em suas múltiplas manifestações e reúne a maior coletânea de assuntos gramaticais até agora estudados. Como nos afirma o autor: “Dificilmente haverá seção da Moderna Gramática Portuguesa que não tenha passado por uma consciente atualização e enriquecimento: atualização no plano teórico da descrição do idioma, e enriquecimento por trazer à discussão e à orientação normativa a maior soma possível de fatos gramaticais levantados pelos melhores estudiosos da língua portuguesa, dentro e fora do país”.

Moderna Gramática Brasileira, de Celso Pedro Luft


Moderna Gramática Brasileira


Eu já estudei muito através dessa gramática. Apesar de não ser tão completa quanto as outras (tem quase 300 páginas), ela apresenta muitas informações adicionais, fazendo jus ao título de “moderna”, pois aborda muitas das últimas teorias linguísticas. Eu acho particularmente interessante a parte que estuda o período composto.

Descrição da editora:
As novidades do relançamento são: o alfabeto fonético conforme as regras das últimas convenções internacionais; as citações padronizadas e o box “Sabendo um pouco mais”, com bibliografia complementar sobre o tema abordado. Com quatro subdivisões (sintaxe, morfologia, fonologia e ortografia), a reedição apresenta o português falado no Brasil de acordo com o que se pensa em linguística segundo as teorias modernas como o transformacionalismo de Noam Chomsky, para a sintaxe, as estruturalistas, para a morfologia, e os ensinamentos do funcionalista Nikolai Sergeevich Trubetzkoy quanto à fonologia.

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